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Artigo
DECÁLOGO DO FRACASSO NO CONTROLE DA DENGUE:
09. GESTÃO POR PESSOAS SEM EXPERIÊNCIA ADEQUADA
Infelizmente, é uma prática comum, em detrimento do real
interesse da sociedade, a ocupação dos cargos
públicos de direção – Secretarias,
Diretorias e Gerências – não se orientar pela
experiência profissional ou pelo elevado saber do ocupante, que
é indicado, mas em função de sua proximidade em
relação aos detentores circunstanciais do poder. Por essa
razão, é uma triste realidade, que há muito
está consolidada nos municípios brasileiros: pessoas
tão completamente despreparadas para tal, atuando naquelas
posições. Às vezes, lá permanecem por anos
seguidos, mesmo diante de demonstrações cabais de sua
real inconsistência no cargo que ocupa, como se não
houvesse um gestor experiente e estrategicamente preparado, a observar
tal prática, ao mesmo tempo danosa e contumaz.
Essa nuance, característica do exercício da tão
comum política de interesses, da barganha de favores e de
negociatas, raramente deixa de trazer significativas perdas para a
sociedade. Quando, porém, se dão no âmbito da
Saúde Pública, as suas consequências podem ser
muito mais sérias que o simples distanciamento da ética e
da moral: pessoas podem vir a óbito e uma cidade inteira pode
ficar sob uma epidemia. Além disso, seu gestor fica rotulado
como fraco.
Ora, se assim é, nessas circunstâncias os riscos para a
sociedade e os custos políticos para o gestor são muito
elevados e, portanto, seria muito mais estratégico – ou,
ainda, muito mais inteligente – que tais negociatas ou os
favorecimentos ficassem circunscritos a outras áreas, que
não as do âmbito da Saúde Pública. Que se
deixe, então, esse setor para que seja ocupado, exclusivamente,
por verdadeiros e experientes profissionais da área, por
técnicos detentores de uma ilibada competência, de
comprovada experiência e de notório saber, qualidades que,
então, lhes franqueiem aquelas posições, no
interesse de toda a sociedade.
A prática comum de demitir Secretários e dispensar
Diretores durante a ocorrência de uma epidemia é tardia,
não corrige o dano epidemiológico, sobretudo, e atesta o
erro da construção da equipe com a
indicação anterior equivocada.
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