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Artigo
DECÁLOGO DO FRACASSO NO CONTROLE DA DENGUE:
04. PROCRASTINAÇÃO DE INICIATIVAS ESTRATÉGICAS
Como pudemos ver no artigo anterior - "Centralização
Excessiva das Decisões" -, quando se trata de assuntos
epidemiológicos, não há muitas oportunidades e
opções variadas para diferentes tomadas de
posição. Isto quer dizer que, as medidas
estratégicas, do ponto de vista de controle das epidemias e dos
seus principais fatores, não podem ser adiadas, assim como as
soluções que elas demandam não podem ser
desconsideradas, sob o risco de desastres epidêmicos, às
vezes, imensuráveis. É isso, justamente, o que se
assiste, em grande parte dos municípios nos quais se observa que
um controle da Dengue não consegue se estabelecer, por mais que
vultosos recursos sejam investidos.
No caso específico do controle da Dengue, não existe,
grosso modo, um momento mais adequado para se agir, uma vez que
qualquer ação que venha a ser considerada já se
encontra irremediavelmente atrasada. Isso significa que, praticamente,
qualquer iniciativa para o controle da doença, que se pretenda
adotar, já deveria ter sido tomada.
Esse é, portanto, um importante paradigma que precisa ser
incorporado às políticas locais e às
considerações de seus gestores. Apenas, e tão
somente, após uma adoção contínua de
ações de natureza perene, planejadas à luz das
características do município e de sua respectiva
população, é que poderão ser tecidas
considerações sobre qual o tempo exato para a
ação mais correta.
Uma realidade, deveras comum, pode ser citada como exemplo: as equipes
de Vigilância à Saúde, em seu trabalho de
identificação de criadouros detectam, em uma área
pública, diversos recipientes e corpos d’água, e
informam à Secretaria pertinente (Serviços Municipais,
Infraestrutura, etc.), para sua imediata eliminação. Por
mais eficiente que seja tal Secretaria (e, geralmente, não o
é), por mais ágil que seja, suas ações
já estarão atrasadas, exatamente o tempo em que tais
condições irregulares existem mantendo o risco de
proliferação de vetores como o mosquito Aedes aegypti.
Assim, é extremamente recomendável, que o Prefeito
Municipal, chefe do Poder Executivo, determine aos Secretários
de suas diversas pastas, que adotem a postura de agilizar toda e
qualquer medida pertinente ao controle da Dengue que a elas aportar,
impedindo, assim, que se consuma o tão precioso e
indispensável tempo certo das ações. É
importante, então, adotar modelos de procedimento que induzam ao
reconhecimento de ações estratégicas para o
controle da Dengue, de modo a tornar mais iminente sua demanda e
imediato o atendimento.
Por essa razão, é essencial que todas as Secretarias de
interesse para o controle da doença conheçam as
diretrizes do Plano Municipal de Controle da Dengue. Melhor ainda: que
elas participem de sua elaboração.
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